sexta-feira, 11 de abril de 2014

Fez-se Mar (de lágrimas).

Veja bem, meu bem, me sinto tão sozinho. Tenha dó e volte para mim. Não acredito que já tens um outro alguém, não creio que ignorastes em tua mente aquele passeio em Paquetá. Das velas içadas daqueles dois barcos que olhamos e sonhamos em um dia comprar para navegarmos além do que se vê, além de um horizonte distante. Dos pássaros coloridos que sobrevoavam nossas cabeças de acordo com o vento, te fazendo enxergar a simplicidade da vida. E você, com seus olhos encantadores, faziam com que eu me sentisse o vencedor, mesmo sendo um cara totalmente estranho, sem jeito. Dos momentos em que nossa música tocava e dançávamos aquele samba a dois, que ao desenrolar da dança, nos envolvíamos e nos tornávamos somente um. Não creio que ignorastes tudo isso.
Morena, não tá tudo bem. Passaram-se onze dias sem ter você e lágrimas sofridas rolaram por meu rosto. Ainda não apago de minha mente você dizendo "vai embora!". E eu que antes era o vencedor, me sinto como um pierrot abandonado. Você dizia que todo carnaval tem seu fim com uma serenidade surreal e eu então pensava "de onde vem a calma dessa menina ao terminar tudo de uma hora para outra?". 
Deixa o verão passar, a primavera chegar. Quem sabe ao desabrochar das flores, você não lembre da flor que um dia te dei? E ao ouvir nossa música tocar, não acreditar que é apenas mais uma canção e sim uma lembrança de um último romance que se eternizou. E quando isso acontecer, eu te peço mais uma vez, tenha dó e volte para mim.


Citando - Los Hermanos. 

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