terça-feira, 16 de agosto de 2016

De olhos fechados

Quando fecho os olhos
Posso imaginar nós dois
Posso sentir teu toque pelo meu corpo
E os arrepios de amor
Sinto teu corpo junto ao meu
Teu coração pulsando
Meu coração pulsando
E eles não pulsam só
Tudo pulsa em sintonia
A respiração fica mais forte
O toque fica mais forte
Eu sinto minhas pernas ao seu redor
Te apertando com força a cada instante
Nossos movimentos são perfeitamente sincronizados
Te sinto em mim
Como nunca senti antes
E então eu abro olhos e caio na realidade
Que nunca mais vou te sentir de verdade.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Meu lugar no mundo

Eu tentei achar meu lugar no mundo
Conheci pessoas
Grupos diferentes
E em nenhum deles me encaixei
Sempre fui muito só
Apenas procurando meu lugar
E quando eu achava que não iria encontrar
Foi quando eu o conheci
Inteligente, divertido, lindo
Um verdadeiro príncipe
Ele era O mundo
O meu mundo
E naquele momento eu soube
Onde era meu lugar
O que faltava em mim, ele completava
E eu o contemplava
Eu me encontrei quando o encontrei.

Saiba que o seu coração sempre será o meu lar!

Só mais uma vez

Teu adeus doeu
Tão afiado quanto uma faca
Cortou e fez sangrar
Meu sangue jorrou longe
Mas não tão longe quanto você
Teu adeus só não doeu mais
Que o teu olhar frio
Olhar que antes tinha vida
Brilho e amor
Hoje não passa de um universo
Distante
Mudamos tanto
Erramos tanto
E o que sobrou de nós?
Apenas dois astros
Sol e lua
Você lá e eu cá
Você vindo e eu indo
Apenas esperando um eclipse
E por um breve momento
Sermos nós dois outra vez
Só mais uma vez.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Uma manhã qualquer

Faz manha pra levantar
Ignora o despertador
E fixa em mim o olhar.

Fica assim deitado
Com a cara amassada
E o cabelo bagunçado.

A luz do sol que entra pela janela
Ilumina até tua alma
Mas que imagem bela!

Me ponho a fotografar
Mostro o quanto és lindo
Através do meu olhar.

Enrola tua perna na minha
Passa teus dedos pelo meu corpo
Ah, como teu toque arrepia.

Sussurro no teu ouvido
Palavras obscenas
Junto com um gemido.

Sinto tua respiração ofegante
E teu coração acelerar
Nossa, te excitar é viciante!

Gosto de te ver assim
Excitado, selvagem
Louco de desejo por mim.

E somos só nós dois
Entre essas quatro paredes
Não deixe a mágica para depois!

domingo, 24 de julho de 2016

Rotina

Acordou, olhou-se no espelho e gritou. Quis que ouvissem seu pedido de socorro, mas de nada adiantou. Seu grito foi interno.
Secou as lágrimas, tomou banho, cobriu as olheiras com maquiagem e seguiu sua rotina.
Fingiu sorrisos, olhares, forçou achar graça de piadas tão ridículas quanto seu estado mental.
Deu conselhos, serviu como ombro amigo, mas não entendia como era capaz de aconselhar alguém e continuar vivendo desse modo. Modo automático. Quase que um robô.
Perdeu as contas de quantas xícaras de café tomou. Precisava se manter acordada de alguma maneira.
Voltou para a casa do mesmo modo como saiu: triste, sozinha e com medo.
Foi para o chuveiro. Chorou, chorou e chorou.
Ela não se reconhece mais, não só pelos olhos inchados de tanto chorar e dormir mal, mas pelo fato de ser uma outra pessoa, algo totalmente diferente do que era e do que queria ser.
Deitou em sua cama e deixou que sua mente a castigasse mais um pouco.
Dormiu algumas horas apenas.
E então acordou, olhou-se no espelho e o resto vocês já sabem.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Visita

Entra
Bebe um copo d'Água
E depois em mim deságua
Teus desejos
Tuas vontades
Vem
Fica mais um pouco
Tem bolo
Com cobertura e recheio
Pra você ficar satisfeito
Sou cozinheira de mão cheia
Preparo o que quiser comer
Quer o que já tem pronto?
É um prato com um nome especial
Se
Ficar
Posso te servir
Não vai embora não
Passa a noite aqui
Daqui a pouco
Você pode querer repetir

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Madrugada escura

É na madrugada, em meio a escuridão, em que ela se vê perdida.
E na escuridão da madrugada que os sentimentos resolvem arrumar confusão.
Não sabe o que sente, muito menos o que pensa.
Deita e olha para a escuridão, enxerga além da escuridão, mas na verdade não enxerga nada.
Nada além de seu reflexo.
Reflexo de uma menina que agora está sem a sua armadura, tornando-se frágil, pequena, com medo no olhar.
Foi entregue de mão beijada para a solidão.
Por fim, deixa que a depressão tome conta do seu ser e se entrega a mais um surto sentimental, tendo a certeza que ao amanhecer, irá colocar novamente sua armadura e voltar ao campo de batalha que se chama "viver e amar".