terça-feira, 28 de maio de 2013

Imaginário.

 
Olha só esse moreno de semblante tão sereno. 
Perto dele tudo fica tão pequeno, talvez pelo fato dele ser gigante tanto por fora quanto por dentro.
Mesmo sendo um gigante, tem paixões que não cabem em si. Precisa explodir.
Colocar os sentimentos pra fora de alguma forma.
Seja escrevendo, lendo. Tocando, caminhando e cantando: “Canto que é de canto que eu vou chegar. Canto e toco um tanto que é pra te encantar.

Ah, moreno. Nossa música vai tocar, vem ser meu par.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Gabriela II: O novo.


Ele a conhecia mais do que todos. Foi o único que percebeu que quando ela se olhava no espelho, não era para ver se estava arrumada, apresentável, mas sim para perguntar a si mesma: “Quem sou eu? O que eu me tornei?”. Percebeu também que quando ela olhava pela janela, não era pra ver quem estava passando na rua, ou se tinha alguém chegando. Ela ia até a janela com dúvidas de que poderia ter algum lugar para ela mundo a fora, pois nunca soube se encaixar em lugar algum. E quando olhava para o céu, não estava esperando uma intervenção divina em sua vida, estava apenas olhando para a estrela que batizou com o nome da sua mãe, Ana Luiza, que faleceu quando Gabriela tinha apenas 4 anos.

Se ele a conhecia tanto, então por que a deixou por alguém que “conheceu” em duas semanas? Talvez fosse isso, talvez ele tenha sido seduzido pelo novo, assim como os pescadores são atraídos pelo canto da sereia.

E talvez fosse isso que ela tivesse que fazer: Dar uma chance ao novo. Dar uma chance de tentar conhecer Thadeu. Ou ela se fechava eternamente, ou daria uma chance para a vida surpreendê-la.

Então, Gabriela deixou de lado seus pensamentos e cigarros, levantou da cama e olhou para o relógio. Quase 19h. Olhou pela janela e sentiu que dessa vez tinha um lugar pra ela no mundo, era só ir de encontro novo.

- Pensei que fosse furar comigo. Disse Gabriela ao chegar onde tinha marcado com Thadeu.


Texto anterior: Gabriela I: Uma nova vida.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Coisas que trago.


Apenas mais um trago...
Um trago no cigarro,
Assim como no peito eu trago.
Trago o rancor,
A dor.
Dor de um amor,
Que hoje acabou.
Lembranças que trago,
Cigarros que trago.
Chamas que tempo apagou.