terça-feira, 4 de junho de 2013

Doce solidão.

Abriu os olhos, levantou, tomou banho e foi trabalhar. Parecia um robô programado para fazer o caminho casa/trabalho todos os dias. Sem desviar seu caminho, ou seu olhar que mirava o horizonte, aquele olhar vazio, perdido e com lágrimas querendo cair.
Não notava mais as pessoas que passavam por ela, não ouvia mais o canto dos pássaros, a gargalhada das crianças. Em dias ensolarados, não notava o quanto o céu estava lindo. Nos dias chuvosos, não se permitia tomar um banho de chuva. Não se encantava mais com o pôr-do-sol. Ninguém mais a reconhecia.
Acostumou-se com a tristeza e a solidão. E aquela clássica depressão que tinha todo domingo, tomou conta de todos os dias da semana.
E é no automático que ela vai sobrevivendo.

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